IBPT projeta perda de postos de trabalho com reforma do PIS/Cofins
Estimativa é de perda de 20% das vagas de emprego.
A possível mudança na cobrança do Programa de Integracao Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) irá gerar o desemprego de cerca de duas milhões de pessoas em um período de um ano no setor de serviços do país, segundo estimativa do presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), Gilberto Luiz do Amaral.
A proposta de unificação do PIS e da Cofins vem sendo discutida desde o primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, mas ainda não foi enviada ao Congresso Nacional. A estimativa de entidades empresariais é que, se implementada, gere um aumento na carga tributária, principalmente no setor de serviços, segmento que representa quase 70% da economia brasileira.
Hoje as empresas pagam alíquotas diferentes, que vão de 3,65% a 9,25%, de acordo com o tamanho da empresa e o tipo de contabilidade. A proposta em discussão no governo é unificar os impostos com uma alíquota única de 9,25%. A alta seria compensada pelo desconto do imposto já pago pelos fornecedores. A reclamação é que as empresas que trabalham com muita mão de obra e poucos fornecedores de matéria-prima seriam prejudicadas.
“Nós temos 20 milhões de trabalhadores no setor de serviços. É o setor da economia que mais emprega. Esse aumento impacta diretamente, ele chega a 5 pontos percentuais em relação ao faturamento. Isso quer dizer: de cada dez postos de trabalho, dois serão eliminados, caso se aprove o aumento, porque as empresas de serviços não terão como repassar esse aumento no valor dos seus serviços”, declarou.
Um estudo sobre o impacto de uma unificação dos tributos foi apresentado no Seminário “Ameaças de Aumento de Impostos e Seus Impactos Sobre as Empresas”, da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRio).
“Nós poderemos ter aí um desemprego aumentando por volta de 2 milhões, ou maior, dada a magnitude, porque muitas empresas estão segurando ainda para que não aumente o desemprego. Mas seria um fator determinante para que as empresas não tivessem condições de segurar esses postos de trabalho”, completou Amaral.
Fonte: G1
2 Comentários
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O que foge a compreensão é o porque não temos tabela única cobrada sempre na origem, na produção de manufaturados.
Se acabarmos com a cadeia de cobrança em cascata, acabamos também a sonegação.
Mas, como temos um governo que sobrevive de negociatas, barnabés que fazem destas negociatas um caminho para o enriquecimento, o consumidor e o produtor sempre serão esfolados. continuar lendo
Concordo com o seu comentário, apenas acrescento que, dentre os esfolados enquadram-se também as microempresas e empresas de pequeno porte. Como diz o jargão popular: "A corda sempre arrebenta para o lado mais fraco", nesse caso, o lado mais fraco em negociatas e barnabés! continuar lendo